Se tudo correr bem e pontualmente, lá pelas 15h, no Palácio da Redenção, categorias dos servidores públicos e o governador João Azevêdo (sem partido) se encontram.
É o segundo encontro do tipo em um ano.
Na reunião, a ordem do dia: o reajuste de 5% proposto pelo Estado.
Profissionais da segurança pública, as polícias, resistem. Consideram abaixo do esperado ao longo dos últimos dez anos.
O governo contrapõe e diz que está dialogando com transparência e mostrando os números possíveis. De fato, só pode ser cobrado, a rigor, pelos últimos 12 meses. Não pelo acumulado numa década.
As negociações devem ser guiadas pela maturidade de parte à parte.
O Estado começa essa conversa com um crédito: a disposição de ouvir, de dialogar, de receber sugestões e até de ser convencido, além da constatação: até aqui, é o maior aumento sugerido entre todos os estados da federação.
As forças de segurança, em especial, carregam na farda um passivo de quase uma década de reivindicações represadas e reajustes arremedados por bolsas de desempenho que não levam para a aposentadoria. Um adicional: a contrapartida do bom desempenho dos números na redução da criminalidade.
A hora pede bom senso dos dois lados e que ambas as partes tenham disposição de ceder. Um acordo ruim é pior do que acordo nenhum.