O DEM botou, hoje, oficialmente, o seu carro na pista da sucessão da capital paraibana. O nome atende por Raoni Mendes, ex-deputado estadual, lançado em evento com a imprensa e partidários.
O partido é o primeiro a fechar questão ainda no distante janeiro de 2020, quando em outubro os pessoenses escolherão o novo prefeito da cidade, pós-Luciano Cartaxo.
Sem mandato desde 2018, Raoni viveu um período de hibernação pessoal. Em seguida, lançou-se aos mares para embarcar sua candidatura.
Ouviu pessoas, estudou cenários e gestão e desse mergulho saiu com a íntima convicção de que João Pessoa é uma cidade de ciclos. E com uma expectativa: ele pode ser o quadro a encarnar esse novo ciclo.
Partiu do pressuposto da história recente. A nenhum grupo ou líder político a cidade deu mais do que a reeleição, em que pese boas avaliações de gestões.
É nessa esperança que Mendes se apega. Mas ele esbarra em duas pedras no caminho.
O fato de ter saído debilitado eleitoralmente depois da eleição estadual em que não conseguiu êxito, em tese um feito muito menos complexo do que ser eleito prefeito de João Pessoa.
E a descrença política nos projetos do seu partido em João Pessoa. Desde 2004, o DEM anuncia e retira candidaturas, recuando para o posto de coadjuvante em composições.
Raoni, portanto, tem missões a vencer.
Mostrar que cada eleição é uma história e que, mais do que votos, ele detém um perfil com capacidade de sensibilizar e cativar o eleitor nesta eleição.
Por último, provar ao seu partido que é chegada a hora de ir até o fim na guerra pelo protagonismo. E a melhor forma de convencer para dentro é conquistando fora.