Terceirização de eventos públicos e presença da iniciativa privada provocam sempre fogo no debate. Mas esse é o tipo da fogueira de que gestores públicos não têm mais como fugir, sobretudo, com o apagão da crise.
Patos, de evento junino tradicional, viu a chama do seu São João esvanecer em 2019, por falta de recursos e problemas com dívidas a fornecedores.
O resultado das brasas da mudança de prefeitos interinos no cargo.
Quarto prefeito em um único mandato, Ivanes Lacerda quer resgatar a festa neste 2020.
“Não realizar São João [em 2019] trouxe uma grave crise econômica. O comércio teve um prejuízo causando queda da nossa autoestima”, admitiu o prefeito ao programa Hora H, na Rede Mais Rádio e 14 emissoras nas principais cidades da Paraíba, tendo a Rádio Pop FM 89, em João Pessoa como cabeça de rede.
Não viu outro jeito. Anunciou que recorrerá à iniciativa privada. A Prefeitura entra com R$ 1,5 milhão e empresas bancam o resto do evento, orçado em torno de R$ 4 milhões.
Algo parecido com o que ocorre com sucesso em Campina Grande, a dona da maior das festas do gênero.
Ivanes que resgatar o calor do São João de Patos. Com a cidade cambaleante, não vê outra saída a não ser botar lenha privada.
Para o cidadão, o que vale é o forró voltar a acender os brios de um povo que vem sofrendo todo tipo de queimação nos últimos anos.