Nos bastidores da política paraibana há uma latente inquietação, especialmente dentro da base governista.
Para onde vai o governador João Azevedo, fora desde o ano passado do PSB depois da dilacerante crise interna que desidratou e bagunçou o partido?
Aliados esperam definição de João e, ainda sem rumo, não sabem para onde ir. O prazo fatal das filiações é no começo de abril.
Bom, mas quem disse que João precisa se filiar agora a uma legenda?
A resposta quase unânime de observadores e políticos é: ele tem que direcionar seu grupo político e demarcar território.
O contraponto. Para isso, Azevêdo não precisa, necessariamente, estar ele próprio numa legenda. Basta apontar caminhos e múltiplas opções de sua base, pulverizada num primeiro momento, e depois filtrada num segundo e mais decisivo instante.
Sem partido, pode formar uma estratégia ampla e aglutinadora para 2020, sem se expor, sem arriscar desgaste de imagem e nem ser cobrado na famosa contagem do número de prefeitos eleitos.
Se eleger prefeito de João Pessoa e Campina Grande, por exemplo, fosse garantia de resultado estadual, a eleição de 2018 teria apontado outro vencedor.
João pode muito bem ajuntar sua tropa após o saldo das urnas. Já sabendo quem é quem e com o farol, aí sim, ligado na estrada de 2022.
No caso de João, que não é candidato agora, aplica-se bem aquele consagrado adágio político: “Quem tem prazo, não tem pressa”.
Se o fizer até abril, será por opção. Não por necessidade.