Até março de 2018, Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, era o franco favorito da eleição daquele ano. Tinha, contudo, que renunciar o segundo cargo mais importante da hierarquia política da Paraíba.
Sem unidade na oposição e com o rompante da candidatura do senador José Maranhão (MDB), numa tática que favorecia mais o jogo do governo do que da oposição, Cartaxo não deixou a prefeitura para o MDB e nem disputou o governo.
O bate-cabeça, a dissensão, a indefinição e, especialmente, a falta de um ambiente de unidade deram no que deram. A história final todos sabem. Uma derrota constrangedora.
Esse desastre eleitoral entrou na cota de aprendizado para Luciano Cartaxo. Ao dizer ontem aqui no Blog que não vai conviver com pulverização de candidaturas e trabalhará, até onde puder, pela unidade, o prefeito dá a entender que aprendeu a lição.
De tal forma que avisou a quem interessar possa: se não houver unificação entre partidos aliados em torno do nome a ser escolhido conjuntamente, respeitará a decisão e o foro de cada legenda, mas deixará claro que sua gestão e grupo terão um candidato.
No bom português: quem não estiver comigo também não estará na gestão. Para quem leu desde ontem, o recado ficou absolutamente traduzido.
Luciano não quer se permitir correr o risco de repetir o drama de 2018 quando o bloco oposicionista saiu de favorito a um resultado desastroso. Já se vacina antecipadamente.
Vai precisar convencer com números, dados e critérios todos os aliados com o nome na pista e estimulados a ocupar um espaço que, no momento, parece vazio.
Mas também deverá estar preparado para o contrário. Pré-candidatos da base governista querem convencê-lo de que a unidade depende da viabilidade.