No artigo “Nós falhamos”, Cristovam Buarque (Cidadania), ex-reitor da Universidade de Brasília, admite uma outra verdade histórica na autocrítica quase isolada e vista com cara feia pelos setores progressistas.
“Mas estas falhas talvez não tivessem acontecido se não fosse a trágica falha de termos cooptado os intelectuais e universitários em siglas partidárias. Nossos intelectuais silenciaram na crítica à corrupção, seja no comportamento dos nossos políticos corruptos, seja de nossas prioridades”, apontou.
E arrematou:
“Prisioneiros de velhos esquemas teóricos, não foram capazes, nem tiveram interesse nem ousadia para radicalizar na formulação de um novo rumo para o Brasil. Pelo erro de cooptar os intelectuais, pagamos um alto preço de não contar com a crítica do presente, nem com novas ideias para o futuro. O que o stalinismo fez com o uso da força, nós fizemos pelo aparelhamento de nossa inteligência”.