Deu pra perceber que, no geral, reina uma surpreendente cautela das grandes lideranças políticas da oposição da Paraíba ao tratar sobre o escândalo em torno do ex-governador Ricardo Coutinho?
O barulho maior sai da boca e das redes sociais do segundo ou terceiro escalão do universo político paraibano.
Entre os caciques, o comedimento impera.
Quem não se omite a falar publicamente, prefere as poucas e genéricas palavras.
Quase nunca, o mérito.
Mas como explicar essa metamorfose de uma classe política que vivia as turras com Ricardo Coutinho e espumava de raiva só de pensar em seus açoites, exatamente no seu pior e mais desfavorável momento?
Duas possibilidades.
Uma. Baixou um repentino espírito elevado e altruísta daqueles que não fazem nunca pirraça em cima da desgraça alheia.
Dois. É estratégia preventiva para não arriscar queimação de língua.
Afinal, na política paraibana, Ricardo já foi de tudo mundo. E todo mundo, em algum momento, já foi seu também.
Qual sua aposta?