Sobrevivemos ao parto de 2019. À fórceps, por sinal. E se depois da tempestade vem a bonança, como predito no Livro de Mateus, capítulo 10, temos motivos de sobra para reunir esperanças de um ano melhor.
O brasileiro já descobriu, por exemplo, que não adianta apedrejar a política. Ruim ou boa, ela influencia na vida de todos. Portanto, melhor conviver com e entendê-la do que amaldiçoar e cuspir.
De preferência, participando direta ou parcialmente dos debates e até da vida pública. Porque quem não gosta de política é governado por quem gosta. Simples assim.
Os traumas dos últimos anos devem nos legar, pelo menos, algum aprendizado. Mesmo quando tudo diz o contrário, é preciso manter a esperança do otimismo e sempre acreditar; é possível tirar o melhor do pior.
As eleições municipais batem à porta. Com ela, uma grande oportunidade de separar joio e trigo, discurso e prática.
Ainda somos arruinados por um grave mal. Temos muitos políticos e poucos, pouquíssimos, homens públicos, dispostos voluntariamente a servir por uma causa e ideia, não por um projeto pessoal, do umbigo, pelo poder.
Há muitos ideólogos, raros estadistas. Fazer o quê?
Desistir? Nãooooo! Brasileiro não desista nunca – reza o ditado popular – ainda quando tudo conspira contra nossa boa fé de gente domesticada ou bovina, como bem ironiza minha confreira Adriana Bezerra.
Então, por que sujeito não deixas de arrodeio e respondes logo à pergunta enunciada no título deste artigo vago e pueril – deve estar pensando, espumando e perguntado os poucos leitores que já acordaram neste segundo dia de 2020?
Por um simples motivo, meu caro: não espere nada do Ano Novo. Faça!