Todos sabem que na manhã de quarta-feira, último dia 4 de dezembro, quatro vereadores de Cabedelo foram afastados na sexta fase da Operação Xeque-Mate. Eles foram alvos de oito mandados de busca e apreensão para investigar o “financiamento” de mandatos eletivos por meio do então prefeito, Leto Viana.
O que pouca gente sabe é que, dois dias depois, na sexta-feira, a Câmara se reuniria para homenagear o delegado da Polícia Federal, Fabiano Emídio, e o promotor Octávio Paulo Neto, chefe do Gaeco na Paraíba, pelo trabalho que livrou a cidade de um bando.
Os vereadores afastados estariam na sessão. Mas nem Emídio e nem Octávio compareceriam ao ato solene marcado com a suspeita intenção de afagar egos e, de quebra, aplacar o ímpeto de justiça dos investigadores.
Os parlamentares calcularam mal.
Dois dias antes do evento, eles é que viraram ‘protagonistas’ e ganharam as manchetes policiais. A entrega das homenagens, obviamente, ficou para outro dia. Ou, quem sabe, para outra Câmara.
A sessão que houve mesmo foi a do ‘descarrego’. De tão pedagógica, a mensagem da PF e do Gaeco serve de recado. E não foi só para a política de Cabedelo.