Afeito ao parlamento, resultado de longa trajetória na Câmara e depois Assembleia, Luciano Cartaxo surpreendeu no Executivo, verdade seja dita.
Sua gestão, numa complexa João Pessoa, tomou para si a batuta de uma sinfonia que agrada.
Aos mais variados gostos, inclusive.
Para a base popular, tom maior na política de educação infantil, com creches espalhadas pela cidade, rede de UPAS, hoje 31ª USF, entre reformadas e inauguradas, os novos parques da Lagoa, Bica, e Praça da Independência e o futuro Parque Sanhauá.
Ainda nos acordes aos mais carentes, um coro para o robusto projeto de moradia popular (9.500 casas até o fim do governo) e políticas de ação social e praças nos bairros.
Na orla, o concebido novo Largo de Tambaú, em execução, em harmonia com a reordenação da calçadinha e estacionamentos, e a nova Beira Rio.
Para citar alguns exemplos.
Por que? Porque vem afinando instrumentos em ritmos que atendem periferia e classe média.
A política cultural solfeja isso com boa melodia.
O Anima Centro ocupa semanalmente espaços até então esquecidos do centro histórico e também a agenda dos músicos locais.
O recém-encerrado Festival de Música Clássica, “menina dos olhos” do governo municipal, traz um diferencial e referência à cidade no quesito mais requintado.
Cereja do bolo, o evento Louvor e Adoração, semana passada, ressoou música cristã e público (católicos e evangélicos) surpreendente e coloca o prefeito como instrumentista capaz de tocar de ouvido e sensibilizar, atrair e agradar a maior parte da plateia governada.
O conjunto da ópera explica o saldo de aprovação popular, constatado na pesquisa Opinião/MaisPB, onde o prefeito figura com 68,9% de aprovação, um desempenho expressivo numa exigente João Pessoa.
Ele caminha para seu último ano de administração com a mesma batida de quem está começando a apresentação, ‘executando’ do popular ao clássico, literalmente. É um repertório que vem cativando a audiência. Os números atestam!