O ser humano é a espécie que se manteve viva por uma característica nata: a capacidade de adaptação a cenários adversos. Outras, desapareceram no caminho.
Na gestão pública, o instinto natural também pode ser a salvação em períodos inóspitos que exigem resiliência e criatividade.
Os governadores do Nordeste, incluindo João Azevêdo, da Paraíba, estão sabendo viver, ou melhor, sobreviver, no cenário de incertezas e até conflitos com a União.
Deixaram de lado apenas a postura de mútua hostilidade com o Planalto e partiram ao que interessa.
No saldo da viagem, o governador paraibano destacou a abertura de portas para pesquisa e desenvolvimento de tecnologia”.
Ele deixou a Europa com US$ 118 milhões do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para segurança hídrica e agricultura familiar.
O Consórcio Nordeste foi uma saída inteligente e proativa dos governadores da região. A viagem à Europa, a primeira incursão internacional, é estratégica em tempos da lavoura econômica e orçamentária ameaçada.
O plantio por Paris, Itália e Alemanha e os diálogos com empresários, investidores, ministros e agências de fomento lançaram sementes no terreno da cooperação em urbanização, tecnologia, sustentabilidade e turismo.
Com grandes chances de gerar bons frutos.