Um a um, os generais governistas foram sendo abatidos. Agora, só sobraram aqueles que se renderam às tropas digitais. Os filhos de Jair Bolsonaro, por outro lado, tornaram-se as figuras mais rejeitadas do Brasil. Uma pesquisa do Jota, divulgada alguns dias atrás, mostrou que Flávio Bolsonaro é reprovado por 41% dos brasileiros e aprovado por 14,6%, e Eduardo Bolsonaro é reprovado por 38,6% e aprovado por 18,1%. Os bolsonaristas, claro, desconfiam de todas as pesquisas, mas os mesmos entrevistados que reprovaram o desempenho da dinastia presidencial responderam igualmente que “os direitos humanos atrapalham no combate ao crime” (55,3%), que “precisamos punir os criminosos com mais tempo de cadeia” (84,2%), que “a internet permite descobrir verdades que os jornais e a TV querem esconder” (70,7%) e que “as novelas da Globo não respeitam valores morais” (68,8%). Os filhos do presidente, portanto, foram reprovados por eleitores que, em sua maioria esmagadora, concordam com o que eles pensam.
Flashback.
Em fevereiro, a pergunta era: os militares planejam derrubar Jair Bolsonaro?
Fast Forward.
Em novembro, depois de 300 dias de governo, o risco é outro. A pesquisa do Jota fez a seguinte pergunta: “se Bolsonaro errar, o povo tira ele como tirou Dilma e Collor?” Resultado: 75,7% dos entrevistados responderam que sim.
Crusoé