A crise no PSB inverteu o velho ditado. No caso da legenda, a neblina de calmaria aparente até chegou a resfriar o caldeirão do partido, criado pelo fogo da intervenção, mas, como era de se esperar da estratégia de recuo e desaceleração, já tratada aqui no Blog, a tempestade volta com nuvens de fogo.
Bastou, ontem, o governador João Azevêdo registrar, superficialmente, o fato de o deputado Gervásio Maia (PSB) ter sido o único com quem não conseguiu contato e nem audiência, nessa semana decisiva pelas emendas federais em Brasília, para as labaredas no Jardim Girassol serem imediatamente reacendidas.
Hoje, Maia botou gasolina na fogueira numa entrevista em que acusou o governo de João Azevêdo de chantagear lideranças do PSB a escolher lado na guerra interna do partido. Disse mais: identifica movimentos estranhos do governador por demitir pessoas que “deram o sangue” (não confundam com Cruz Vermelha) para eleger João, em 2018.
Gervásio só mencionou diretamente um nome: Givanildo Pereira, ex-coordenador do Orçamento Democrático, que ocupava uma assessoria no Governo, já devidamente acomodado e amparado no gabinete de Maia em Brasília.
Uma sexta feira para João Azevêdo não esquecer. Ele foi duplamente acossado e provocado. Pelo próprio Maia, em pessoa, e até pela assessoria formal do deputado, que solenemente tratou o governador como um “anão político”. Podem ter provocado um sereno gigante a trocar a habitual calmaria pela tempestade.