(BRASÍLIA) – Durou cerca de meia hora o encontro do deputado federal Julian Lemos (PSL) e o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que nesta quarta-feira (23) visita individualmente parlamentares da bancada federal.
Na conversa amistosa, acompanhada por assessores de ambos, Lemos disponibilizou toda sua emenda de bancada para a segurança pública do Estado. Sugeriu que os R$ 16 milhões sejam investidos, especialmente, na compra de armas e coletes para policiais e para fortalecer com equipamentos as guardas municipais. João Azevêdo ouviu a sugestão e agradeceu pelo empenho dos recursos.
Pode parecer simples, mas não é. Nele, está contido o gesto de desprendimento políticos dos dois lados da moeda.
De João Azevêdo, governador socialista eleito pelo PSB e crítico da gestão Bolsonaro. De Julian Lemos, conservador e convicto adepto da ideologia de direita.
Os dois mostraram que, a despeito das diferenças partidária e ideológicas, é possível conviver e partilhar quando o interesse público está em jogo. Os pontos divergentes não podem ser maiores do que o que une: a Paraíba.
Não admitir isso e nem conviver com o diferente, não é opção política. Isso tem outro nome: intolerância.
A cena que se viu é alentadora. Pela Paraíba, opostos podem estender as mãos. E ninguém sai com um pedaço a menos. Pelo contrário, o Estado ganha um pedaço de orçamento a mais.