As palavras do governador João Azevêdo (PSB), antes, durante e depois da reunião com o secretariado, foram pedagógicas como as de um professor primário.
Não ficou margem para dúvida. Se não optou por uma sumária caça às bruxas, também não vai admitir e nem tolerar boicotes internos.
Sobretudo, aqueles movidos pela sanha que levou a incontrolável autofagia do PSB, legenda que se dissolve feito sonrisal após o traumático processo cartorial de intervenção.
A fala do governador invocando um governo uno e determinando separação entre governo e partido, para não afetar resultados, funciona como um ato preliminar, um sobreaviso.
Aqueles que ignorarem a recomendação, desconsiderarem seu comando e ainda provocarem com ações ou omissões a desestabilização da gestão, já estão avisados da consequência prática.
João tirou de si a responsabilidade de eventuais demissões. Entregou na mão dos seus subordinados a escolha do destino de cada um.
Não é Azevedo quem vai demitir. São as atitudes individuais que ditarão o caminho que cada um quer seguir.
O governo já escolheu o seu; vai governar com quem é aliado e acredita no governo e no governador. No discurso e na prática.