O Ministério da Educação decidiu contingenciar recursos das universidades federais. O Governo libera homeopaticamente recursos e convênios novos.
São, em tese, medidas de responsabilidade fiscal para tentar barrar o aumento do buraco financeiro em que nos metemos. Aliás, fomos metidos por gestões pouco ortodoxas no gasto público.
Mas nada disso constrange parlamentares a discutirem, com muita pressa e pouco debate, o aumento do fundo eleitoral para as eleições de 2020.
Tem quem defenda uma elevação de R$ 1,8 bilhão para R$ 3,7 bilhões.
Por enquanto, a pressão popular vai barrando a algazarra.
O Senado segurou a onda e desfigurou o projeto quase na totalidade. No caminho, entretanto, tem a Câmara, mais suscetível às pressões das bases.
Ela tem o poder de devolver o objetivo à originalidade e jogar o abacaxi no colo do presidente.
No Brasil é assim.
O cidadão paga três contas: paga para financiar as candidaturas, a fatura do funcionamento deles no exercício do poder e ainda o alto prejuízo dos desmandos e incompetência de uma representação sustentada pelo ‘contribuinte’, uma palavra atenuante que substitui ‘pagador de imposto’.
Somos um povo generoso demais. Pra não dizer besta!