“Coisa boa não tem nesse PSB, inclusive, estava lendo uma matéria sobre a ex-secretária Livânia [Farias]. Vou para um partido decente no tempo certo. No PSB não fico mais”.
O desabafo ao Portal MaisPB é de um vereador da pequena Ibiara. Chama-se Francinaldo Galdino de Lima (PSB), presidente da Câmara da cidade.
Pode até ser uma agulha no palheiro, mas fala muito sobre o momento de desconforto público que vive o PSB, o maior partido do Estado.
Balançado por um redemoinho de denúncias patrocinadas pelo Ministério Público, o partido atravessa um momento de turbulência na crise ética com a política e a sociedade paraibana.
Erguido na Paraíba sob a égide da postura da diferença dos demais e sempre de dedo em riste para as demais lideranças, inclusive aliadas, a sigla está mergulhada no olho do furacão, em nova etapa da Operação Calvário, desdobramento de uma novela para outros episódios.
Bastou a primeira cápsula da delação da ex-toda poderosa Livânia Farias, que segundo seu próprio depoimento estava para o projeto do partido como um Palloci para o PT, e o discurso da legenda foi empurrado ao abismo.
O sentimento do modesto vereador do Vale do Piancó pode nem ser suficiente para indicar uma generalização interna.
Entretanto, são sinais da base a fustigar dirigentes, lideranças maiores e militância.
Se o atual quadro causa constrangimento a um parlamentar distante do epicentro da crise, o bombardeio e questionamento de níveis nunca dantes vistos por estas terras tabajaras não devem despertar menor preocupação e desconsolo à cúpula.
Ou pelo menos não deveria.