No mundo dos estatísticos com expertise em pesquisas de opinião pública há dois termos bem frequentes: promotores e detratores.
Os nomes já indicam os significados, mas permitam-me a redundância da dissertação sobre.
O promotor é aquele sujeito disposto a levantar uma bandeira e a defendê-la, a qualquer custo. Tem inclinação pela ‘promoção’ de alguém ou de alguma causa.
O espírito do detrator está implícito na palavra. Esse é aquele empenhado na desconstrução.
Desses dois tipos, as nossas redes estão cheias.
Por aí estão circulando os gratuitos. A maioria movida por essa patológica polarização.
Dúvida sobre como identificar? Algumas dicas.
Se tem o A, tem que ter o B. Para o preto, o branco. Simples assim.
O camarada é apaixonado por uma tese ou esfinge política.
Esse promotor está disposto à tapa digital, ou até real, para dizer que o seu idolatrado é a própria divindade, mesmo que os atos e a história deste tenham sido traídos por fatos pouco alvissareiros e deslizes grosseiros.
Ele é automaticamente o detrator do adversário do seu santo devotado. Está de peito aberto para dizer que o outro é o diabo e que erra até quando acerta.
Não tem acordo. E nem queira discutir com um fiel dessa fé porque ele já começa o debate com uma ideia fixa e não há fato, situação ou lógica no mundo que o faça mudar.
Ele pode até nutrir descrença em Deus ou na pureza de Cristo. Nunca na áurea de santidade do seu guia, líder e redentor.
Pode até cair um raio. Nada que mude sua visão. Nunca, jamais.
Feito um cavalo bravo, ele está vestido de um antolho, aquela viseira que só permite ver o horizonte. Nada de lado.
E você, muito provavelmente, já deve ter esbarrado, pelo menos virtualmente, em algum. Ou, licença para uma pergunta: és um deles?