Forçado pelas circunstâncias, recuou (temporariamente?) da negação beligerante com que trata uma questão em que se envolvem também enormes interesses políticos e comerciais.
Há muito oportunismo e desinformação no horizonte, mas o fato é que o presidente contratou o cenário de crise internacional com seu total despreparo para lidar com qualquer debate que requeira pensamento e argumentos mais elaborados. De onde prefere tratar o contraditório a bofetadas.
Precisou o mundo gritar para Bolsonaro enxergar a linha entre o que é permitido e/ou conveniente no exercício da Presidência. Mudou e baixou o tom. Foi obrigado a recorrer ao Exército depois de ter feito movimentos de desprestígio aos militares que pôs no governo. Para conferir peso à fala deixou de lado a internet e fez pronunciamento no veículo tradicional que tanto critica.
É de se conferir agora se, agastado pelo tranco, não vai recrudescer a retórica no trato de temas de interesse nacional sem tanto apelo mundial, a fim de manter a pose de valentão em seu orgulho de ser reacionário.
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