Só há um jeito de evitar o rompimento da ala mais radical do PSB com o governador João Azevêdo: a prostração total e irrestrita dele.
Diferente disso, será difícil demais a convivência desses dois agrupamentos internos no partido.
É o que tem ficado cada vez mais patente nos movimentos e manifestações de porta-vozes formais e informais, inclusive da estirpe de militante travesti de analista escalada regiamente para mandar recados bem ao estilo “Seu rei mandou dizer”, daquela famosa brincadeira infantil.
Até estes, quando falam deixam já sem qualquer pudor uma “mensagem” explícita. A intervenção e manobra pelo controle majoritário do PSB tem um único condão, nas entrelinhas; tutelar o ir e vir do governador, o que pensa, o que diz, o que faz e, principalmente, tan-tan-tan-tannnnn: o Diário Oficial.
É a aspiração, o desejo e a meta de quem sonhou com um João Azevêdo completamente submisso, teleguiado, sem alma, sem vida e sem estilo próprio.
Um robô manipulado por controle remoto à distância.
E o João que delegou a nomeação praticamente integral do seu primeiro secretariado, em deferência e em lealdade ao “projeto”, é o mesmo que também fez suas escolhas próprias quando alguns desse staff caíram pela insustentabilidade de suas presenças num governo que se preste ao mínimo de respeito.
A agonia, a inquietude e até mesmo a revolta são contra esse ‘crime’: Azevêdo já provou, ao seu modo e sem abespinhamento, que não é fantoche de marionete, não tem vocação para poste e nem idade mais para o pouco honroso papel de “pau mandado”.
Querem um governador de joelhos. O contrário, para certas cabeças e egos absolutistas, é insuportavelmente inaceitável.
Os dois lados já deram o sinal de quais são os seus limites. O resto do desfecho parece depender de quem cederá.