O PSB está rachado em bandas. Nenhum esforço retórico é capaz de amaciar essa realidade e o risco de “implosão” no partido – como alertou o presidente da Assembleia, Adriano Galdino – é real.
Mas para pelo menos uma coisa positiva, com todas as aspas do mundo, a crise interna no Jardim Girassol está servindo.
Enquanto o PSB se ‘dissolve’, literalmente, a oposição vem mantendo seu compasso de expectativa. Assiste de camarote a um conflito interno alheio, aguardando ansiosa o desfecho.
Não está de todo errada.
A inércia tem justificativa. Qualquer fissura mais séria dentro do partido que governa o Estado há quase nove anos muda todo o cenário político paraibano.
Já há deputados de oposição que não fazem mais segredo e sussurram nos bastidores; se houver rompimento mesmo, adere ao governo de João Azevêdo.
Somente isso explica a paralisia.
Some-se isso a indisfarçável fragilidade pós-2018, quando os agrupamentos oposicionistas saíram dispersos e avariados do traumático processo eleitoral.
Esperam que a fermentação do PSB, que dá sinais de não comportar mais a força de dois líderes no mesmo barco, exploda feito o Big Bang.
E haja luz!