Nada de pauta de emenda impositiva e nem de debate sobre a reforma da Previdência do Estado. A ausência do G10 – grupo paragovernista da Assembleia – do café da manhã promovido com a bancada pelo governador João Azevêdo (PSB) tem um nome: insatisfação. O bloco não diz abertamente, mas se ressente da escolha de Edvaldo Rosas, presidente estadual do PSB, para Chefia de Governo, cargo que cobiçava. Reagindo pelo fígado, o G10 passou o recibo do desconforto. O porta-voz foi o deputado Tião Gomes (Avante), que tentou justificar a ausência botando na conta da necessidade de um planejamento interno e organização de uma agenda legislativa com João. Nada disso, o grupo quer espaços. E tem legitimidade para isso. Só errou no timing. Sem calcular direito, o G10 está dando razão a uma ala do PSB que o estereotipa como fisiologista. Formado por gente experiente e talhada no Parlamento, e outros nem tanto, o grupo esqueceu de uma lição: a diferença entre remédio e veneno é a dose.