Quando iniciou seu governo, João Azevêdo reciclou quase integralmente a gestão anterior.
Para uns, deu um gesto ao chamado “projeto”.
Para outros, o desperdício da chance de formar seu próprio time.
Sete meses depois, ora os fatos, ora as circunstâncias se encarregaram de criar o terreno para Azevêdo promover mudanças na configuração do eixo central de sua administração.
Secretários de áreas estratégicas (Procuradoria, Administração, Finanças, Planejamento, Saúde e Comunicação) deixaram suas pastas.
Cada qual com razões e motivações específicas.
O último deles, Luís Tôrres, encerrou ontem capítulo de uma crônica bem antes decantada nos bastidores.
A metamorfose – às vezes forçada, às vezes natural – deu ao governador a especial chance de ir formatando um tecido mais alinhado ao seu figurino.
O momento e o contexto vão proporcionando a João a oportunidade de, pouco a pouco, delinear o governo com os traços do seu próprio rosto.