José Maranhão, senador e histórico emedebista, foi reconduzido, mais uma vez, ao comando da legenda.
Novidade nenhuma. Faz tempo que o cacique de Araruna governa a legenda com mão de ferro.
Inédita é a forma. O antes vívido MDB registrava intensas discussões, grandes movimentos internos pela divisão de espaços no diretório.
Dessa vez, por pouco o evento não passava despercebido. Lá estava o que sobrou da antes vigorosa legenda: Maranhão, Benjamim e Olenka, os sobrinhos, e Roberto e Raniery Paulino (o clã de Guarabira).
No PT, a coisa foi ainda mais atípica.
Sigla acostumada a exaustivos debates e disputas entre tendências, dessa vez o Congresso nem terá disputa. As chapas foram unificadas para reconduzir Jackson Macêdo à presidência estadual.
A inusitada unidade foi justificada pela tese de necessidade de combate a Bolsonaro.
Balela. Quando passa seu pior momento, o natural seria ver alas defendendo novos caminhos, confrontando teses de recuperação da imagem e táticas para uma necessária reinvenção.
Nada disso. A estafa de novas ideias e a zona de conforto deram preguiça até no PT, outrora intenso e irrequieto.
Os dois casos são emblemáticos. Eles retratam a letargia da vida partidária.
Distante das pessoas e do cotidiano e enredados nas suas próprias contradições, os partidos entraram em colapso.
Viraram aglomerados de caras velhas sem perspectivas de respostas para desafios novos.