O dia começou ruim no Palácio do Bispo, ontem, em Campina Grande. Nos corredores, a notícia de dois dos mais destacados auxiliares do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) investigados numa operação que apura supostos desvios em compras para merenda escolar da cidade.
Iolanda Barbosa, da Educação, e Paulo Roberto Diniz, da Administração, reconhecidos pela capacidade técnica e a história de correção, na lista dos alvos de mandados de busca e apreensão.
Foi o primeiro mais duro questionamento ético da lisura de atos do atual governo. E não veio de adversários, mas de autoridades judiciais e policiais.
Compreensível, portanto, o público constrangimento para a gestão. Tanto que a Prefeitura, surpresa, demorou para se pronunciar até, depois de mais detalhes e informações, publicar nota reafirmando legalidade de processos, rigor em licitações, confiança em seus assessores arrolados e defesa de transparência e profundidade nas investigações.
À tarde, um alento em meio à turbulência.
Pesquisa do Instituto Opinião, divulgada pela Rede Arapuan, trouxe o que pensam os campinenses sobre a maneira como seu gestor administra a cidade. 61,2% aprovam o modelo.
Se o dia começou mal para Romero, terminou com 47% entre ótimo e bom. Um raio de sol no meio da tempestade.