Até aqui, o Crea-PB (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba) não conseguiu explicar a provável omissão – dele e de outros órgãos da área – que permitiu uma construção de cinco andares desabar numa área de grande circulação em João Pessoa, o bairro da Torre.
A obra – admite o presidente do Conselho, Antônio Carlos Aragão – apresentou várias inconsistências e “gambiarras”, antes de cair, mas só agora passarão a ser investigadas.
Depois, verificou-se o grau de dificuldade do solo no local.
Em entrevista hoje ao Arapuan Verdade – Rede Arapuan de Rádio – Aragão disse que o caso – tratado como “ponto fora da curva” – deixou lições para o Crea-PB.
Nos moldes atuais, o Conselho apenas emite o reconhecimento do profissional que assina o projeto, mas sequer verifica o conteúdo e nem fica com cópia. E só inspeciona se houver chamado ou denúncia. É o suficiente?
Provavelmente, não.
Aragão, porém, garantiu que o Conselho não será corporativista: o engenheiro responsável pela obra será processado pela Comissão de Ética e pode sofrer de advertência à perda do registro da profissão.
Pelo menos isso.