O Veículo Leve sobre Trilhos de Campina Grande entrou no programa de governo do então candidato João Azevêdo (PSB), em 2018.
O prefeito da cidade, Romero Rodrigues (PSDB), que toca o Complexo Aluísio Campos, por onde a linha de trem passa, levou essa semana o assunto ao Governo Federal e ao presidente Jair Bolsonaro.
Azevêdo, também, se reuniu com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da reunião saiu com o termo de permissão para que o Estado inicie a obra.
Da agenda com Bolsonaro, Romero saiu com a garantia de que o Governo Federal tratará dessa ação com a Prefeitura de Campina.
O senador Veneziano Vital (PSB), filho de Campina, por sua vez comemorou que um “projeto” “concebido” ainda na sua gestão vai sair do papel depois de abraçado pelo governador e criticou o que chamou de “oportunismo” do adversário.
Cada um, ao seu modo, puxando a sardinha para sua brasa. Inevitável para o imaginário popular aquela velha disputa de paternidade.
Que o VLT saia da prancheta e entre no trilho. E quando virar realidade que todos saibam quem é o pai: o contribuinte, o cidadão. É ele quem paga autoridades para servir ao público com gestão e iniciativas.
Nessa história, João, Romero e Veneziano estão no papel de buscar, de prospectar, de lutar. Ou pelo menos de não atrapalhar.
Mas será bom estar vivo para testemunhar o dia em que uma iniciativa de interesse coletivo não precise de disputa, mas seja ponto pacífico de unidade.
Ainda mais feliz será o paraibano quando for possível que três autoridades, como essas, cheguem juntas na mesma audiência para comungar e reivindicar um propósito comum.
Sem necessidade de uma aliança político-eleitoral, antes, e nem da reivindicação de DNA, depois.
Enquanto há peleja “pai e filho” por aqui, resta à Paraíba rezar ao Espírito Santo.