Depois de assistir a três jogos pobres e violentos da Copa América que terminaram em 0 x 0, ver a exibição das mulheres americanas contra a Inglaterra foi uma festa para quem gosta de futebol. É impressionante a evolução desse time em força física e mental, habilidade, velocidade, resistência, dribles, toques rápidos e certeiros, chutes fortes e um repertório de jogadas ensaiadas de ataque de dar inveja a qualquer time brasileiro.
Ver a capitã Megan Rapinoe jogar é um espetáculo, à altura da sua atitude desafiadora de esculachar publicamente o presidente Trump, se recusar a cantar o hino nacional e a visitá-lo na Casa Branca. Trump tuitou que ela primeiro precisa ganhar antes de falar alguma coisa. Vai ter que ouvir um monte.
E mais, as tricampeãs mundiais, quatro ouros olímpicos, entraram com um processo contra a US Soccer Federation exigindo pagamento igual para homens e mulheres pelo mesmo trabalho. E estão sendo boazinhas, porque deviam ganhar o dobro do time masculino, que nunca venceu nada.
Cada vez fica mais claro que logo as mulheres atingirão o mesmo nível de performance dos homens em todos os aspectos do futebol, com as naturais diferenças de força física, massa corporal e velocidade. Como é no vôlei. O jogo de mulheres ganha força física, velocidade e habilidade, com entradas duras e bolas disputadas, mas com uma lealdade que não se vê entre os machos, principalmente os sul-americanos, que cultuam o estilo selvagem da Libertadores como o verdadeiro jogo para homem — mas parece uma caricatura do beautiful game que se joga na Premier League.
Entre elas não se veem entradas assassinas nas pernas adversárias, há menos tentativas de simulação de faltas e de pressionar as árbitras, e os cabelos — ah, os cabelos — são muito mais discretos que os dos homens. Nenhuma é tão vaidosa como Cristiano Ronaldo e Neymar.
As feministas que me perdoem, sem ofensa ao talento, mas várias craques são muito gatas, estabelecem novos padrões de beleza atlética, são popstars do esporte moderno.