Um empresário se matou na frente de um governador, em Sergipe. Era um homem desesperado com o cadafalso de sua empresa quebrada e 600 de seus funcionários demitidos.
A tragédia diz muito sobre o Brasil de hoje, mergulhado em desesperança e estagnação.
O que mais assombra é o que temos diante desse caos. Enquanto o País padece, governo e oposição se digladiam em debates vazios e ideológicos, uma extensão da eleição de outubro último.
Não há um pacto mínimo em torno de temas e encaminhamentos que tirem a Nação do buraco.
Faltam consensos e sobram irresponsabilidades.
Fazer o Brasil se reencontrar não é aderir ao governo Bolsonaro. O governo ceder e dialogar com a oposição não é atestado de fraqueza.
Os dois lados têm deveres com o País. Manter o palanque armado e uma disputa histérica em nada contribui, mas fala muito dos políticos, autoridades e homens públicos.
Acima dos projetos políticos e partidários, o Brasil deveria estar acima de tudo, para usar uma parte do bordão da campanha de Bolsonaro.
Mas infelizmente, por enquanto, acima de tudo só os umbigos.