O novo capítulo do embate em torno da Lava Jato foi às ruas. Oitenta cidades registraram manifestações a favor da operação e do ex-juiz, o hoje ministro Sérgio Moro.
É a reação à ofensiva de libertação do ex-presidente Lula e da anulação de sentenças do então magistrado que mandaram para a cadeia protagonistas da dilapidação da Petrobrás.
Desde que mensagens atribuídas a Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que sugerem extrapolação dos limites constitucionais e das prerrogativas de ambos, a cabeça de ambos está na bandeja.
A defesa de condenados, entre eles o líder nacional do PT, aposta que a porta da cadeia está entreaberta e basta uma forcinha para o STF escancarar.
De preferência, com a mãozinha de Gilmar Mendes, que se converteu de algoz a queridinho do PT e de condenados.
Um cenário que ameaça o que para muitos traduziu o primeiro grande capítulo contra o fim da impunidade de crimes envolvendo figurões da política e do mundo dos negócios no Brasil.
Embalados por este receio, milhares saíram de casa nesse domingo. Para Moro, que vive seu momento mais delicado, um apoio moral.
Das ruas, um recado: por mais questionado que esteja sendo, o ministro não está sozinho nessa.
Não por acaso o governo de Bolsonaro não descola dele.