Nem mesmo a tempestade interna no PSB desmoronou a relação entre o governador João Azevêdo e o presidente da Assembleia, Adriano Galdino.
Galdino, como se sabe, passou a ser visto quase como inimigo pela ala raiz do Jardim Girassol, desde quando contrariou a estratégia de Ricardo Coutinho e se elegeu e se reelegeu no comando da Assembleia, atropelando Hervázio Bezerra, o ungido do ex-governador para o segundo biênio.
Esse setor reivindica de João um tratamento de choque ao ‘rebelde’ de Pocinhos, visto como autor intelectual do G10, agrupamento que o ricardismo pregava a excomungação do governo.
João não deu nem uma coisa e nem outra.
Fez de Galdino e do G10 um escudo na guerra fria. A opção tem dado resultado para o governo no plenário da Assembleia e na tal “governabilidade”.
Na relação de mão dupla, Azevêdo devolve reciprocidade com declarações e gestos. Como o da simbólica visita ao São João de Campina Grande, levando Adriano a tiracolo.
Na chuva ou no sol, ambos estão tirando proveito da dobradinha. E a paciência de tantos quantos não a aprovam também.