Isso quer dizer: Moro foi ministro durante cinco meses e pouco do governo Bolsonaro. Agora, está ministro da Justiça e da Segurança Pública. Diminuiu de tamanho. Mesmo que não se torne um anão, dificilmente ganhará uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Será menos difícil para ele sair candidato à sucessão de Bolsonaro do que vestir a toga no final do próximo ano quando se aposentar o ministro Celso de Melo. Abrigo partidário não lhe faltaria. Boa vontade no STF com toda certeza lhe faltará. Mas não só.
Para atravessar parte da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e aboletar-se no prédio do STF, Moro teria de contar com a aprovação do seu nome pelo Senado como manda a Constituição. Uma fatia expressiva dos senadores lhe negará o voto.
Por ora, Moro continuará sangrando no cargo. Seu futuro não mais lhe pertence. Está nas mãos dos editores do Intercept.
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