O secretário Aléssio Trindade (Educação) receberá, hoje pela manhã, um visita pouco comum. Construtores que fizeram reforma e construção de escolas na Paraíba programam ir até o gabinete principal da Secretaria para pedir, oficial e pessoalmente, a regularização de pagamentos pendentes dos serviços prestados a duas organizações sociais: InSaúde e Ecos.
Walter Rabello Neto, um dos empresários, disse ao Blog que o encontro, em forma de protesto, reunirá cerca de 30 construtores. Juntos, eles acumulam mais de R$ 15 milhões a receber de contratos iniciados em agosto do ano passado e suspensos em janeiro deste ano, desde quando o governador João Azevedo (PSB) assumiu o posto.
“Faz seis meses que a gente não recebe medição. Desde janeiro, a Ecos e Insaúde não tem pagamento e não faz medição. Eles nunca dão uma certeza do que vão fazer. A Secretaria nos impede de chegar aos seus superiores. Quando vamos falar com eles, eles mandam tratar com a OS. A OS, por sua vez, diz que a responsabilidade é da Secretaria”, contou.
Os empresários já tentaram uma tratativa com a Secretaria de Educação. Sem sucesso: “Estivemos lá semana passada e conversamos com o secretário executivo, Gabriel, e prometeu que pagaria as OS seria dia 30 (ontem). Nenhum pagamento foi feito a OS e não dão justificativa nenhuma. Eles ficam pedindo documentos, certidões, planilhas, arranjando defeito onde não tem para retardar o processo”, queixou-se.
Mais do que os débitos, a maior preocupação dos construtores, porém, é outra: eles temem o desdobramento do requerimento aprovado, por unanimidade, na Assembleia para o Estado rescindir contrato com as OS’s na Educação. “Nossa preocupação é de como vai ficar esse processo caso haja essa rescisão”, confessou.