O nome do chefe de Governo, Nonato Bandeira (PPS), ressoou forte na reunião fechada promovida pelo PSB, na tarde noite da última segunda-feira, fato noticiado com exclusividade aqui no Blog. A atuação do secretário mereceu açoites e reprovações internas da cúpula socialista, liderada pelo ex-governador Ricardo Coutinho no encontro que serviu para uma avaliação crítica da primeira fase e posturas do governo João Azevedo.
O grupo girassol raiz acha que João deveria ter ação mais incisiva, por exemplo, contra o G10 – grupo paragovernista na Assembleia – e a Operação Calvário. Bandeira é visto como conselheiro de João pela moderação e desassociação da Calvário. O clima entre as duas alas do governo acirrou depois da entrevista ao autor do Blog, no Frente a Frente, da TV Arapuan, em que Azevêdo se disse “completamente diferente” do antecessor. A resposta de Nonato às críticas internas veio bem ao seu estilo: ponderada, mas carregada de refinada ironia:
“Quem esperar que eu um dia defenda confrontos sistemáticos de quem está no Governo com entidades e instituições, com a imprensa, com a Justiça, com universidades, com os deputados, com os aliados e com membros do próprio governo, assim como está fazendo, por exemplo, o presidente Bolsonaro, pode tirar o cavalinho da chuva. Esse não é o meu estilo e nem a minha concepção de governo. Só sei fazer política somando, jamais dividindo e alimentando eternos conflitos. Quem me convida para cargos e funções, já sabe da minha conduta. E não é depois de 50 anos e com os cabelos brancos que sobraram que vou mudar. E mudar pra pior, pois não acredito que se construa nada à base de patadas e bravatas, comprando brigas em toda as esquinas da vida.”
A enfática declaração do chefe de governo, carregada de mensagens subliminares, foi publicada no blog do jornalista Suetoni Souto Maior, do site Jornal da Paraíba, a quem faço questão de mencionar (profissional e empresa). Porque na regra e concepção deste Blog, a citação do crédito da fonte não é favor a veículo e nem prestígio à colega. É informação e precisão, deveres básicos do jornalismo e direito sagrado do público.