A declaração de Bolsonaro em entrevista ao jornalista Milton Neves colocou Moro numa situação difícil, pois enquadrou a indicação e aceitação numa moldura de toma lá dá cá absolutamente desconfortável para o ministro. Além disso, o colocou com contraproducente antecedência na condição de alvo de um Congresso (responsável último pela aprovação do nome do STF) em boa medida crítico à atuação judicante de Moro.
Bolsonaro não deixou alternativa ao ministro a não ser negar que tenha feito tal acordo por ocasião do convite para deixar a carreira de juiz e assumir o Ministério da Justiça. Ou seja, obrigou um subordinado a desmentir uma fala do presidente. Tudo errado: do começo, meio e fim.
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