Pedro Cunha Lima, deputado federal ascendente na Câmara, assumiu, ontem, a presidência do PSDB paraibano. Com a posse, uma meta em forma de slogan: um novo tempo, um novo PSDB.
A frase abriga a admissão do novo contexto político brasileiro. As pessoas, as instituições, os partidos e a política mudaram.
Há em movimento a constituição de uma cidadania mais participativa fiscalizadora a obrigar novas posturas de agentes públicos, fadados a se renderem à transparência e cobrança pública dos seus atos.
O PSDB, que governou o Brasil por oito anos e a Paraíba também pelo mesmo período, e depois liderou lá e cá a oposição, passou por sísmicos abalos nas últimas eleições.
No campo nacional, a legenda quase foi à falência. Saiu desidratada à exaustão do processo político recente. Perdeu a hegemonia do contraponto ao PT para um homem só, Jair Bolsonaro.
Na Paraíba, o partido preservou suas bancadas na Assembleia e na Câmara, saldo positivo do trabalho do ex-presidente Ruy Carneiro, mas perdeu a vaga do Senado e sequer teve condições de impor um nome na disputa ao governo.
Um sinal do eleitor que obriga o partido a se reinventar para enfrentar estes novos e imprecisos tempos.
A presença do jovem Pedro na condução já indica que o partido entendeu essa mensagem. A renovação tem que começa pelas caras. De preferência, com a prática a tiracolo.