Desde sempre, Luís Inácio Lula da Silva é maior do que o partido que fundou. Muito pela sua liderança e carisma acima da média. Parte porque o PT se acomodou em sobreviver do mito Lula.
Há um ano, os petistas convivem com uma realidade fora do script programado e na qual nunca se programou, a bem da verdade.
Depois de Lula, o PT não forjou outro grande líder popular. A sombra de Lula ofusca quem se atreva a pelo menos tentar.
Nem Dilma, no pleno exercício do mandato presidencial, conseguiu esse feito. Entrou e saiu sendo o poste de Lula.
Fernando Haddad, em que pese as qualidades pessoais e políticas superiores às debilidades de Dilma, foi experimentado no pior momento da legenda.
Mas também fora condenado a poste de Lula e a passar uma campanha inteira dando recados do ex-presidente preso.
Passou a eleição e sumiu, derreteu do imaginário popular. Não é alguém que se precise ouvir sobre o turbulento momento do País. É uma voz dispensável no debate.
Os doze meses de cadeia do ex-metalúrgico servem para uma inevitável conclusão: o PT também está preso com Lula. Não só pela solidariedade devida, mas pela dependência total.
Desnorteado, sustenta a bandeira já gasta do Lula Livre como a tábua de salvação. A que resta. Outra prova de que só respira o oxigênio do seu líder único e sem substituto.