Patos está entre os três municípios paraibanos praticamente condenados a um quadriênio perdido. Somam-se ao município sertanejo os litorâneos Bayeux e Cabedelo, cujos prefeitos foram afastados.
A “Morada do Sol” tem uma peculiaridade a mais. Em três anos, a cidade convive hoje com o seu quinto prefeito. Três temporários (Lenildo Morais, Bonifácio Rocha e agora Sales Júnior).
Ontem, Patos viveu nova surpresa. O vice-prefeito e prefeito interino, Bonifácio Rocha, pegou o boné e não suportou a carga.
Ele já substituía Dinaldo Filho, o prefeito afastado por denúncias de irregularidades.
Dinaldinho, como é mais conhecido, já havia sido eleito diante do desgaste do afastamento da prefeita anterior, Chica Motta, substituída pelo vice, Lenildo Morais.
A instabilidade e o “rodízio de prefeitos” causa inevitáveis estragos. A economia do município é a que mais sente no seu comércio e serviços.
Nesse clima, servidores ficam sobressaltados, fornecedores em descrédito, cidadãos em suspense e investidores com o pé no freio.
Tão devastador quanto o prejuízo econômico é o estrago na autoestima dos brios da cidade.