A Lei de Acessibilidade evoluiu no Brasil e na Paraíba. Mas, por incrível que pareça, o Palácio da Redenção, a sede do Poder Executivo Estadual paraibano, ainda não conseguiu se adaptar totalmente à realidade.
Essa semana, o repórter Albemar Santos, do Portal MaisPB, flagrou uma cena que constata o problema.
Conforme as imagens, um portador de deficiência física se arrasta, praticamente sozinho, para conseguir subir as escadas que dão acesso ao salão de eventos do Palácio.
Ele ia assistir a solenidade do lançamento do Ciclo do Orçamento Democrático 2019. João Déon, do movimento popular, e conselheiro do OD, penou para vencer os degraus e presenciar o discurso do governador João Azevedo (PSB).
Não faz tempo, no começo de fevereiro, a Assembleia Legislativa retardou o reinício da abertura de suas atividades para garantir a acessibilidade na Casa e o pleno trabalho da deputada estadual Cida Ramos (PSB), portadora de paralisia infantil.
Se o atento Legislativo olhar bem para outro lado da rua verá situação semelhante a carecer de solução e providência. E, para tanto, nem precisa mandar fechar o Palácio temporariamente.
Se essa cena, que pode se repetir com qualquer outro portador de deficiência, não for suficiente para sensibilizar vozes e mandatos a assumir a causa, um outro dado pode encorajar a alguém assumir o pleito: João Déon é um antigo, vibrante e dedicado militante socialista.
Para Déon e para todos os deficientes físicos, incluindo os anônimos, o Palácio, por inteiro, precisa ser acessível.