O Frente a Frente da TV Arapuan discutiu, ontem, violência nas escolas. Aqui, um resumo do que defenderam os especialistas convidados ao programa. Uma discussão rica e caminhos importantes para reflexão.
Danielle Azevedo, psicóloga com atuação em terapia familiar e credenciada na rede Hap Vida, defendeu o diálogo familiar como fonte de conhecimento e prevenção: “Falamos de um tema que as pessoas nem param para pensar que é a prevenção. Estamos falando de saúde mental, não tem como não está se relacionando a isso. Como estou preparado para lidar comigo mesmo e com quem está ao meu redor. Isso em relação a tudo. A qualidade de vida vai de acordo como a gente armazena esse sentimento dentro do nosso lar”.
O que pensa a Doutora em Educação e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Adelaide Alves? “Se você tem uma comunidade ou uma sociedade que tem determinada tolerância com a violência, essa violência acaba chegando à escola. Se você tem uma sociedade mais pacifista, essa violência incide menos na sala de aula. Porém a escola precisa se abrir no diálogo com as famílias e trabalhar, enfrentar e parar de achar que a violência não bate na porta da escola. Isso tem que estar dentro do seu projeto pedagógico”, pontuou.
O promotor da criança e adolescente, Alley Escorel, condenou o modelo de sociedade ‘fast food’ onde se procuram as soluções mais rápidas: “Vivemos um momento de grande intolerância onde as opiniões contrariadas geralmente geram na parte adversa uma irritabilidade. Quando você já vive um momento de intolerância aliado a violência, porque grande parte da sociedade resolve os conflitos na questão da violência, dá muito mais trabalho educar um filho em uma cultura de paz, no diálogo, na conversa, do que o castigo”.
Especialista em políticas públicas e diretor de desenvolvimento estudantil da Secretaria Estadual da Educação, Thulio Serrano, frisou o olhar na individualidade. “O principal é compreender quem é aquele jovem e aquela criança que está na nossa escola. Quem são, e de onde partem. Não podemos compreender que cada adolescente ou criança partem do mesmo ponto”, destacou.