A ausência de pudor moral e a falta de educação permeia de quando em vez declarações e posições de autoridades. Já tivemos presidente e presidenciáveis de inclinações francamente machistas, mandatário que se jactava de ter “aquilo roxo”, ministro que atribuiu crítica de uma adversária ao fato de “estar na menopausa”, sindicalista/deputado denunciado por falcatruas no ministério do Trabalho que acusou chefe da Corregedoria Pública de ser “feia e mal amada”, enfim, já vimos mais uma menos de tudo em matéria de cafajestada no mundo do poder.
Só não tínhamos visto ainda nada parecido com a atrocidade mental cometida pelo presidente Jair Bolsonaro ao exibir na internet imagens e comentários sobre comportamento em blocos de Carnaval que aqui o leitor me permitirá não reproduzir, mas que nessa altura já conhece dada a repercussão daquilo que o presidente da República considerou uma “verdade” a ser conhecida pelos brasileiros a fim de que os cidadãos possam “definir suas prioridades”.
De uma tacada divulgou conteúdo ofensivo, fez uma síntese mentirosa do Carnaval nos blocos, enxovalhou a imagem de uma festa que dá boa projeção mundial ao país, atrai turistas e consolida um aspecto da nossa cultura, mas principalmente passou um inadmissível recibo de incapacidade de reconhecer o que seja o papel de um governante.
Só para arrematar: em matéria de “verdades” há várias bastante relevantes a respeito das quais os brasileiros precisariam ter acesso para definir suas prioridades. Uma delas, a origem e o destino verdadeiros do dinheiro de Fabrício Queiróz.
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