Não fosse o aperto do aparato investigativo/judicial no trato dos suspeitos públicos e privados de crimes de corrupção, o ex-governador Sérgio Cabral não teria confessado o que confessou ao juiz Marcelo Bretas.
Estaria solto valendo-se do benefício da dúvida. Seu relato sobre o funcionamento do esquema de distribuição de favores em troca de propina a partir do Palácio Guanabara demonstra o acerto do recurso às prisões preventivas e/ou temporárias adotado com ênfase desde a deflagração da Operação Lava Jato.
O método é criticado por juízes, analistas da cena política, juristas e, óbvio, por advogados. Argumenta-se que fere os princípios do estado de direito, como se quando a roubalheira grassava solta e impune o império da lei estivesse a salvo.