Independente do resultado e mesmo diante da iminente condenação do réu, o julgamento em andamento do assassinato da adolescente Rebeca Cristina não fará justiça à sua vítima.
Cabo Edvaldo Soares, ex-padrasto da jovem, é acusado de cumplicidade no crime. Ele está no alvo do júri popular. A segunda pessoa envolvida diretamente no homícidio, provável executor do homícidio, continua sem identificação e, portanto, longe do alcance da Lei.
Algo um tanto surreal. Se identificou um cúmplice do ato brutal, mas não se chegou ao assassino, ou participante da monstruosidade. Porque está nos autos que Rebeca foi sequestrada, seviciada e morta por mais de uma pessoa.
Na cena do crime, portanto, estariam Edvaldo e mais uma pessoa, tratada tecnicamente pelas autoridades, como co-autor material. Mas a Polícia, a investigação e o Ministério Público só conseguiram chegar ao cabo, suspeito de participação desde o princípio.
A segunda e misteriosa pessoa continua encoberta e protegida pelo manto do anônimato. E o que é pior: da impunidade.