Segundo o folclore político da ditadura militar, um professor, ao estilo do atual ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, mandou os alunos fazerem uma composição sobre um dos slogans da época: “Brasil, conte comigo!”
Um menino escreveu: “Um, dois, três, quatro…”
Nesta semana, Rodríguez conclamou as escolas públicas e privadas a exortarem alunos, professores e funcionários a cantar o hino nacional diante da bandeira.
O ministro apresentou um texto para ser lido nas escolas, exaltando o slogan da campanha presidencial de Jair Bolsonaro:
“Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”
Em editorial, a Folha comentou nesta quarta-feira (27): “Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio”.
Diante da repercussão, Rodríguez aparentemente recuou. Anunciou que reformularia a carta para suprimir a propaganda bolsonarista.
Folha