A proposta de reforma da Previdência apresentada pelo ministro Paulo Guedes com o firme aval do presidente Bolsonaro, é um bom começo para a indispensável reconstrução da higidez fiscal do Brasil, sem a qual a volta ao desenvolvimento robusto é impossível. Apesar de absolutamente necessária, não será suficiente. Entretanto, se aprovada no Congresso sem excessiva amputação, dará estímulo para acelerar o programa de libertar a criatividade do brasileiro do furor estatal regulatório que o constrange.
Foi bom antecipar-se as críticas de sempre: 1) disposições para aumentar a recuperação dos créditos do INSS; 2) operação “pente-fino” para controlar fraudes e 3) um “mea-culpa” do presidente por tê-la combatido no passado por sua “ignorância do problema”. Prevendo a reação da esquerda infantil, ele disse: quando meu conhecimento muda, eu mudo. E vocês? Faltaram duas vacinas: 4) a remessa da parte relativa às Forças Armadas e 5) medidas fiscais já maduras para aliviar a carga tributária sobre o trabalho e aumentá-la sobre o capital.