Segunda-feira de prévia carnavalesca em João Pessoa. O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) surpreendeu e enfrentou o maior fantasma do momento no Jardim Girassol: as denúncias contra a Cruz Vermelha.
Até então silente, Coutinho transmitiu suas impressões, durante entrevista ao Conexão Master, programa conduzido pelo empresário Alex Filho, na TV Master.
Responsável pela inserção da organização social na estrutura da Paraíba, o socialista defendeu, sem titubeio, o modelo de gestão pactuada como o que garantiu atendimento de qualidade no Hospital Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
“Só foi possível retirar o Trauma daquela situação de insolvência, e ter governabilidade e ordem lá dentro com uma organização social, que foi a Cruz Vermelha que era conhecida de todo mundo”., historiou.
A defesa de Ricardo não foi, entretanto, apenas conceitual.
Ele defende a regularidade dos contratos da OS com o Estado: “Até hoje, eu desconheço algum prejuízo que o Estado tenha tido dentro desse contrato. Não sei qual é o prejuízo, você ter um hospital que custa R$ 12,8 milhões, ou seja, o mesmo custeio do Trauma de Campina Grande”.
O objeto em debate passa por uma uma intervenção, decretada pelo governador João Azevedo. Em tese, o processo reconhece a gravidade das denúncias e tenta dar um caráter preventivo no âmbito da gestão pública.
Ricardo classificou como acertada a decisão do sucessor.
“Foi uma intervenção correta para garantir aos funcionários e servidores que eles recebam aquilo que o Estado repassa religiosamente em dia”, diagnosticou.
Oposição e o contexto em si cobravam e mereciam um posicionamento. O ex-governador encarou e enfrentou o tema. Seguiu sua natureza.
Ao falar da Cruz Vermelha, mostrou que a sintonia com João continua no azul.