Francisco Buega Gadelha encarou, de frente, a crise vivida por ele e o Sistema S com as prisões e mandados de busca e apreensão na Operação Fantoche.
Preso por algumas horas, Buega trocou o trauma pela decisão de falar, de peito aberto, e enfrentar os naturais desgastes.
Qualquer um, no lugar dele e na idade que já avança, mergulharia num quarto, sem hora e nem dia para levantar. Uma prisão, por mais efêmera que seja, pesa no inconsciente e natureza de qualquer um.
Ainda mais quando este não é qualquer um, mas uma respeitada figura pública e que exprime convicção de inocência.
Em coletiva, o empresário falou com firmeza, convicção, mas sem mágoas e rancores. Concentrou seu empenho em declarar a ausência de sua culpa nas suspeitas levantadas pela Polícia Federal:
“Podem ter certeza, Francisco Gadelha não tem nenhuma culpa no cartório. Não tenho culpa nesse processo. Nós estamos paralelamente, acredito eu, porque essa empresa realizou muitos contratos para o Sistema S e realizou trabalhos para o Ministério do Turismo. Mas não existe qualquer projeto dentro do Sistema S que tenha sido com recursos do Ministério do Turismo”.
Sereno na conversa com os jornalistas, Buega ainda teve força e alma leve para enfeitar a face de discreto sorriso. Um comportamento de quem parece nada temer e nem culpa a pesar. Aguardemos, pois…