Denúncia de candidaturas laranjas para arrecadação de dinheiro fez a primeira vítima do governo Bolsonaro. Gustavo Bebbiano, secretário-geral da Presidência e ex-coordenador da vitoriosa campanha do PSL foi demitido. A exoneração é o ápice da crise que fez a gestão sangrar por cinco dias, desde o atrito entre o então ministro e o vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente.
Coube ao porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, levar a público o que já se comentava nos bastidores: a iminente queda de Bebbiano, homem forte na eleição e articulação bolsonarista.
O general da reserva Floriano Peixoto, secretário-executivo da pasta, foi anunciado como substituto no posto.
A crise no Palácio do Planalto se instalou depois de denúncia da Folha de São Paulo. Matéria do jornal identificou a existência de um esquema de candidaturas de fachada no PSL, partido de Bolsonaro, para desviar verba pública eleitoral.
Bebbiano era o presidente do partido durante as eleições de 2018. Logo após a denúncia, Bebbiano disse ter falado com Bolsonaro sobre o caso. O filho do presidente desmentiu o ministro publicamente e divulgou áudio em que o pai rejeitava contato com o aliado. Como prometera, Gustavo não pediu demissão do cargo e esperou pela exoneração.
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