Sousa, alto sertão paraibano, acumula histórico de polarização e de posições acirradas ao extremo. É, por assim dizer, uma cidade tradicionalmente dividida.
Esse dado dimensiona o tamanho do paradigma quebrado pelo prefeito Fábio Tyrone (PSB). Na metade, sua atual gestão é aprovada por nada mais nada menos do que 78,4% dos sousenses.
Esses são os índices captados pelo acreditado Instituto Opinião Pesquisas Sociais (Campina Grande), que realizou pesquisa na cidade entre os dias 7 e 8 desse mês, portanto, um número novo e atualíssimo.
Apenas 13% dos entrevistados reprovam a maneira como Tyrone administra o município e outros 8,6% não souberam ou não opinaram.
Na extratificação, a soma de ótimo e bom alcança a marca de 71,6%, sem calcular os 19% que consideram o governo do socialista regular, o que passaria de 90%.
Somente 5% acham ruim, 3,4% péssimo e 1% não sabe ou não respondeu.
Outros 74% dizem que a cidade “está andando para frente” e 5,2% acham que o município regrediu sob o comando do atual gestor.
Numa terra marcada por tantos acirramentos, palanques armados e que respira política 24 horas, a marca é surpreendente.
Nem tanto.
A surpresa é para o mundo exterior à Sousa. Quem vive ou acompanha um pouco da vida da exigente e politizada cidade radiografa esses números no cotidiano.
E qual é o segredo em meio ao cenário de crise generalizada nas prefeituras?
Na região, Tyrone, de fato, conseguiu se situar bem acima da média pelo programa de ações e obras implantado desde o início da administração.
Com equilíbrio financeiro, capacidade própria de caixa e articulação de captação de recursos federais e estaduais, o prefeito elevou, em muito, o potencial de investimento da cidade, ultrapassando substancialmente o seu antecessor.
Fábio reproduz o êxito da bem sucedida atividade empresarial privada nos resultados da gestão pública, com saldo positivo na sua segunda passagem pela Prefeitura.
Pelas estatísticas e a probabilidade científica dos históricos de aprovações acima dos 70%, não é exagero afirmar que a reeleição nesses casos, e a esta altura, é uma consequência previsível e natural, cuja tendência adversários vão precisar suar muito para conter.
O diagnóstico do Instituto Opinião, divulgado pelo Portal MaisPB, é administrativo, mas traz outro simbolismo para o debate na praça política.
O extrato vem dias depois de um notório episódio negativo que envolveu o prefeito.
A turbulência na seara da vida pessoal de Tyrone não abalou a imagem que Sousa faz do homem público e do seu estilo de governar.
É o que, racionalmente e longe do debate emocional, a cidade expressa, por meio dos números.
(Confira aqui a matéria completa da pesquisa divulgada no Portal MaisPB)