O Brasil é um país cheio de fé. Só não se sabe bem fé em quê, como provoca o paraibano Hebert Viana, dos Paralamas, em sua Alagados.
Bem que o brasileiro – a maioria cristã – tem nesse exato momento motivo de sobra para exercer sua crença em forças superiores.
Com um presidente recém-empossado no leito de hospital, estamos vendo o seu quadro de saúde agravando para uma pneumonia.
Logo um presidente eleito tão aguardado depois de um impeachment e de um governo tampão moribundo e rejeitado ao máximo pelas ruas.
Ao mesmo tempo, a deprimente cena do maior líder popular e carismático do País preso, com duas condenações de doze anos nas costas e uma carruagem de novos processos a caminho.
O líder da oposição até pouco tempo, Aécio Neves, feito um zumbi nos corredores de Brasília, para onde renovou a imunidade parlamentar dessa vez como deputado federal, e sem autoridade moral para abrir a boca em plenário.
Tem mais. Pipocam outras tragédias e desastres no meio ambiente.
Brumadinho matando aos montes, as chuvas do Rio vitimando mais gente e hoje um incêndio queimando vivas dez pessoas no Centro de Treinamento do Flamengo, o clube de futebol mais popular da Nação.
Na falta de esperadas notícias boas, resta-nos rezar nesse começo de 2019. Estamos “filhos da mesma agonia” e ‘alagados’ numa maré ruim.
Nunca foi tão necessária a “arte de viver da fé”…